terça-feira, 25 de junho de 2019

Faz hoje três anos da morte de Messias Andrade (Dedim)

DEDIM DURANTE COMEMORAÇÃO
FUTEBOLÍSTICA NO FAMOSO
BOTECO DO CONJUNTO SACY
Hoje Faz três anos do falecimento de um grande amigo. Chamava-se Messias Andrade, era conhecido por “Dedim” e residia no conjunto Sacy, bem perto de minha casa, onde mantinha um pequeno estabelecimento comercial.

Pai de meu amigo Messias Júnior, com quem comecei em política. Nos metemos juntos nesse negócio de socialismo. Fundamos juntos a União da Juventude Socialista e, bem, deu no que deu. Ou seja. Nem sei no que deu. Mas, vamos ao assunto...

Em diversas oportunidades, recorremos a ele em busca de ajuda. Em todas elas, ele foi solícito em nos auxiliar. Messias era campomaiorense de nascimento. Amigo e conterrâneo, portanto, de minha mãe, dona Anaíde.

Há tempos em que vivemos dificuldades. Messias Andrade esteve presente em alguns desses momentos na minha vida. Posso dizer que tinha nele um amigo de verdade. É na dificuldade que reconhecemos os verdadeiros amigos.

Naquela época eu devia ter uns 15 ou 16 anos. Estava cursando o ensino médio, que a gente chamava de científico. Era uma barra pesada. Crise violenta no país. Estudava em escola particular no centro.

Era coisa de vislumbrar o futuro. O ensino público não era garantido. Assim era a compreensão da época. Enfim. Tive alguma ajuda. Minha tia Amália entrava com uma parte. E eu conseguia bancar uma segunda parte com meus parcos conhecimentos através de bolsas de estudos conquistadas ano a ano, submetendo-me a provas de conhecimento na própria escola.

Mas tinha a passagem diária de ônibus coletivo. Sim, naquele tempo ainda não havia essa história de pessoa com deficiência ter gratuidade. E nem assento preferencial nos coletivos urbanos ou intermunicipais. Era uma dureza.

Messias nos emprestava o dinheiro da passagem quando a gente estavam sem condições em casa. Recorríamos a ele, que sempre nos atendia. Prontamente nos atendia. Fiz um comentário na Teresina FM certa feita. Ele estava muito doente, internado, ouviu tudo e chorou muito.

Ficou emocionado e disse aos seus familiares que ficava grato pelo meu reconhecimento. Difícil as pessoas reconhecerem esse tipo de coisa. Entendo perfeitamente. Mas isso acontece com os ingratos. E os incautos. Talvez eu seja um cara pequeno demais.

Mas nunca serei ingrato. E nunca esqueço aqueles que fazem por mim. Embora muitos esqueçam aquilo que fiz por alguns. Não é, claro, o caso de Messias Andrade. Nunca tive oportunidade de fazer nada por ele.

A não ser conceder-lhe minha sincera, e modesta, amizade. Se é que ser amigo ainda tem algum valor nesse mundo biruta em que vivemos atualmente. Valeu muito, Messias, muito mesmo. Sou eternamente grato pela sua inestimável colaboração. E rezo muito para que sua alma boníssima tenha encontrado um lugar à altura da sua grandeza e da sua riqueza moral. (Toni Rodrigues)

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