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DEDIM DURANTE COMEMORAÇÃO
FUTEBOLÍSTICA NO FAMOSO
BOTECO DO CONJUNTO SACY
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Pai de meu amigo Messias Júnior, com quem comecei em política. Nos metemos juntos nesse negócio de socialismo. Fundamos juntos a União da Juventude Socialista e, bem, deu no que deu. Ou seja. Nem sei no que deu. Mas, vamos ao assunto...
Em diversas oportunidades, recorremos a ele em busca de ajuda. Em todas elas, ele foi solícito em nos auxiliar. Messias era campomaiorense de nascimento. Amigo e conterrâneo, portanto, de minha mãe, dona Anaíde.
Há tempos em que vivemos dificuldades. Messias Andrade esteve presente em alguns desses momentos na minha vida. Posso dizer que tinha nele um amigo de verdade. É na dificuldade que reconhecemos os verdadeiros amigos.
Naquela época eu devia ter uns 15 ou 16 anos. Estava cursando o ensino médio, que a gente chamava de científico. Era uma barra pesada. Crise violenta no país. Estudava em escola particular no centro.
Era coisa de vislumbrar o futuro. O ensino público não era garantido. Assim era a compreensão da época. Enfim. Tive alguma ajuda. Minha tia Amália entrava com uma parte. E eu conseguia bancar uma segunda parte com meus parcos conhecimentos através de bolsas de estudos conquistadas ano a ano, submetendo-me a provas de conhecimento na própria escola.
Mas tinha a passagem diária de ônibus coletivo. Sim, naquele tempo ainda não havia essa história de pessoa com deficiência ter gratuidade. E nem assento preferencial nos coletivos urbanos ou intermunicipais. Era uma dureza.
Messias nos emprestava o dinheiro da passagem quando a gente estavam sem condições em casa. Recorríamos a ele, que sempre nos atendia. Prontamente nos atendia. Fiz um comentário na Teresina FM certa feita. Ele estava muito doente, internado, ouviu tudo e chorou muito.
Ficou emocionado e disse aos seus familiares que ficava grato pelo meu reconhecimento. Difícil as pessoas reconhecerem esse tipo de coisa. Entendo perfeitamente. Mas isso acontece com os ingratos. E os incautos. Talvez eu seja um cara pequeno demais.
Mas nunca serei ingrato. E nunca esqueço aqueles que fazem por mim. Embora muitos esqueçam aquilo que fiz por alguns. Não é, claro, o caso de Messias Andrade. Nunca tive oportunidade de fazer nada por ele.
A não ser conceder-lhe minha sincera, e modesta, amizade. Se é que ser amigo ainda tem algum valor nesse mundo biruta em que vivemos atualmente. Valeu muito, Messias, muito mesmo. Sou eternamente grato pela sua inestimável colaboração. E rezo muito para que sua alma boníssima tenha encontrado um lugar à altura da sua grandeza e da sua riqueza moral. (Toni Rodrigues)
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