quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Poucos acreditam, hoje, na eficácia do tce porque suas punições não levam a nada

Problema do tribunal de contas do estado é que ninguém mais, ou quase ninguém, acredita em sua eficácia, a começar pelos prefeitos ou vereadores – quanto mais deputados, secretários de estado ou governador.

Assim, pouco adiantará fazer flagrante em licitação fraudulenta em qualquer prefeitura seja, talvez numa daquelas bem pequena, do sul distante, num município recôndito, pode ser que neste caso gere algum resultado na aplicação e recolhimento de multa, caso contrário...

A começar pelo fato de que existem em seus quadros conselheiros que são indicados pela assembleia legislativa (políticos), pelo governador do estado (político) e poucos que possuem indicação técnica (sem qualquer influência no contexto) – haja vista que a maior força provém dos mandatários, independente se municipais ou estaduais (retire desse contexto apenas os vereadorezinhos, coitados, porque servem apenas para fazer número em congressos que não servem para quase nada, exceto para diárias aos servidores de base do tce).

Neste caso, os auditores e conselheiros substitutos aparecem como verdadeiros medalhões apenas para palestras relâmpagos – posam para fotos, conferem autógrafos e falam por alguns instantes apenas para plateias cada vez mais reduzidas.

Os espectadores sabem que tudo não passa de jogo de cena, o que interessa de fato passa muito longe dali e está, igualmente, muito distante dos olhos de toda a gente.

Num desses recentes encontros de vereadores, em Luis Correia, cidade praiana do Piauí, um desses conselheiros substitutos, teve que passar a maior parte do tempo se explicando sobre a ajuda de custo para moradia quanto todos sabem que ele trabalha em Teresina e mora em Teresina

(Toni Rodrigues)

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