quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Estudantes e máscaras; manifestantes estariam a serviço de organizações? Por que fazem questão de esconder o rosto? O silêncio acerca da dívida de 14 milhões do governo junto ao Plamta



Manifestantes começam a cercar ônibus lotado na altura da praça do Fripisa
diante dos olhares da imprensa e da população

Bom dia, Amigo da Notícia. Anotamos o seguinte comentário publicado no WhatsApp ainda na chuvosa noite de terça-feira, 10 de janeiro de 2016:

*** “Trânsito interrompido no fripisa, bandidos, vândalos travestidos de estudantes , mascarados fazendo protesto. A grande maioria fica no fripisa o dia todo enchendo os pulmões de maconha e vêm atrapalhar o direito dos trabalhadores de ir e vir. Falta de taca. E vem dizer que está falando por mim, bando de #%*. Em casa não ajuda a mãe a lavar um prato. Quebrando retrovisor de carros particulares. E deixando as pessoas em pânico, reféns. Estudar ninguém quer.”

Comento:

Em minha singela observação, está havendo muita distorção na compreensão da realidade brasileira por parte da juventude. Talvez por ausência de discussão prévia. Talvez por incitação calculada (em sala de aula ou não). Provavelmente pela falta de espaços adequados para discussão política. No meu tempo de estudante secundarista havia disciplinas que promoviam esse tipo de debate. Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política Brasileira. Hoje existe Sociologia, Ciência Política etc. Mas os estudantes não querem nem saber. Pelo menos em sua grande maioria. Se isolam do mundo para teclar (e se agredir) nas mídias sociais. Os grêmios estudantis praticamente deixaram de existir. Quando se convoca uma reunião para tratar sobre política, diz-se logo que todo político é ladrão. Em suma: desvirtua-se o sentido da coisa. Quem falou em político?!



No ponto de ônibus, há trabalhadores e estudantes voltando para casa, há também jornalistas que cobrem a movimentação contra o aumento


Veja, pois...

O que acontece? Quebradeira, bandalheira, ausência de sintonia com a sociedade. Gente tirando proveito da força jovem. Hoje, cerca de 200 mil servidores estaduais e seus dependentes estão deixando de ser atendidos nos hospitais e clínicas porque desde setembro passado o governo Wellington Dias não paga o que deve. O montante da dívida representa nada menos que 14 milhões em média. Todos silenciam. Muitos destes manifestantes são prejudicados. Seus pais são funcionários públicos estaduais. A maioria dos jovens acha bonito ser de esquerda e sair por aí impedindo as pessoas de voltar para casa depois de um cansativo dia de trabalho. Ignora que a esquerda que acham que representam promoveu um rombo de 10 bilhões de reais na educação brasileira – e eles nada disseram, nada fizeram, pelo contrário, foram as ruas para brigar pela permanência deste mesmo governo.



Em pouco tempo, manifestantes dominam completamente o espaço, impedindo
o coletivo de seguir viagem; onde está a polícia? Autoridade não se faz presente para garantir a segurança do usuário em particular e da população em geral

 É o cúmulo

Pelas imagens entende-se claramente que não se trata de um movimento estudantil. Menos ainda de protesto da sociedade. Trata-se objetivamente de uma coisa partidária, de um grupo bem pequeno, pode-se dizer que eles podem até crescer em volume, mas para isso terão que mobilizar ainda mais gente, juntar caminhões, tratores, transportar para o centro. Quem sabe o que eles farão, do que serão capazes?!

E a polícia?

A segurança pública não pode continuar cruzando os braços esperando a tragédia acontecer. Somos todos a favor de um transporte público de qualidade. Não pode ser é de graça. O preço da passagem tem que ser de acordo com a qualidade do serviço oferecido. Para tanto existe uma planilha, que foi aberta há três anos, com a participação da prefeitura, ministério público, diretório dos estudantes, usuários, empresários do setor etc. Não há que se falar em caixa preta do sistema. Isso é discurso vencido. O que não pode mais é camarada mascarado atear fogo em ônibus, colocando em risco a vida do povo, tacar pedra e pau em prédio de partido e ficar tudo por isso mesmo. A polícia vê, faz de conta que nada acontece e fica tudo por isso mesmo. Como se estivesse lidando com os seus companheiros e como se aquilo fosse coisa de militância. E se o governo fosse outro, e se a militância fosse outra? Sempre avante.

(Toni Rodrigues)

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