Problema do tribunal de contas do estado é que ninguém mais,
ou quase ninguém, acredita em sua eficácia, a começar pelos prefeitos ou
vereadores – quanto mais deputados, secretários de estado ou governador.
Assim, pouco adiantará fazer flagrante em licitação
fraudulenta em qualquer prefeitura seja, talvez numa daquelas bem pequena, do
sul distante, num município recôndito, pode ser que neste caso gere algum
resultado na aplicação e recolhimento de multa, caso contrário...
A começar pelo fato de que existem em seus quadros
conselheiros que são indicados pela assembleia legislativa (políticos), pelo
governador do estado (político) e poucos que possuem indicação técnica (sem
qualquer influência no contexto) – haja vista que a maior força provém dos
mandatários, independente se municipais ou estaduais (retire desse contexto
apenas os vereadorezinhos, coitados, porque servem apenas para fazer número em
congressos que não servem para quase nada, exceto para diárias aos servidores
de base do tce).
Neste caso, os auditores e conselheiros substitutos aparecem
como verdadeiros medalhões apenas para palestras relâmpagos – posam para fotos,
conferem autógrafos e falam por alguns instantes apenas para plateias cada vez
mais reduzidas.
Os espectadores sabem que tudo não passa de jogo de cena, o
que interessa de fato passa muito longe dali e está, igualmente, muito distante
dos olhos de toda a gente.
Num desses recentes
encontros de vereadores, em Luis Correia, cidade praiana do Piauí, um desses
conselheiros substitutos, teve que passar a maior parte do tempo se explicando
sobre a ajuda de custo para moradia quanto todos sabem que ele trabalha em Teresina
e mora em Teresina
(Toni Rodrigues)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo e diga-me o que pensa.