Já não existe nenhuma dúvida de que Wellington Dias é um “homem
de sorte”, qual a música de Elimar Santos. Em 1994, entrou numa furada, como
candidato a deputado estadual na chapa liderada por Nazareno Fonteles. Conseguiu
entrar na assembleia graças ao peso da votação de legenda do amigo Olavo
Rebelo. Em 1998, candidatou-se a deputado federal na chapa de governador
encabeçada pelo tucano Chico Gerardo tendo como vice o professor Medeiros. Elegeu-se
na legenda embalado pelo emocional provocado pelo bárbaro assassinato do
jornalista Donizete Adalto. Em 2002, seria candidato a senador, para perder, é
claro, seu partido não tinha a mínima chance. A ideia era renovar o mandato de
federal com Francisca Trindade e garantir a cadeira de estadual com outro nome
qualquer. O destino novamente bateu na sua porta com a cassação de Mão Santa,
que o pegou pelo braço e saiu com ele a desfilar dizendo “este é meu candidato”
– e o fez governador do Piauí contra o até então imbatível Hugo Napoleão, do
PFL. Depois, tudo tornou-se um mar de rosas, Lula fez o resto. Ele agora,
enfrenta dois escândalos no atual governo. O primeiro é a tal votação e
aprovação da “pec da felicidade”, que corta alguns gastos e suspende realização
de concursos por dez anos.
“Farra da aviação”
Outro caso rumoroso é a “farra da aviação” que envolve seus
filhos e um bom dinheiro do erário – o advogado Ribamar Coelho, de Campo Maior,
ingressou com ação popular solicitando devolução do dinheiro do povo. O chefe
do executivo, lógico, não admite o erro.
Tremor de terra
Na terça-feira, 3 de janeiro, a terra tremeu. Para ele, nada
melhor poderia acontecer, porque agora só se fala nisso. E todos parecem ter
esquecido completamente os fatos anteriores. O caso da pec e da farra da
aviação entraram em imersão absoluta.
Preferência
Com isso, sua excelência terá tempo para cuidar de seu tema
preferido, aliás, são dois: empréstimos e eleições. Terá exatamente um ano e
meio para revigorar suas energias, que, aliás, não andam assim tão em baixa.
Em falta
Mas tem uma coisa que está faltando na atual gestão petista
do Piauí. Em governos anteriores eles abusaram de pesquisas de aprovação. Na atual,
nunca se falou no assunto. Teve apenas uma de 51.1%.
NOTÍCIAS BREVES
*** Mas, convenhamos,
ninguém engole essa conversa mole de 51,1% de aprovação, notadamente quando se
sabe que o instituto quer apenas faturar o seu e depois dizer que estava
atuando dentro da margem de erro de dois para cima e dois para baixo.
*** Parece até aquela musiquinha da Elis Regina, são dois
para cá e dois para lá. Mas a bem da verdade, Wellington terá que fazer uma
engenharia maior do mundo se quiser realmente se viabilizar. Primeiro, com a
questão das realizações, que andam a zero.
*** Em seguida, seu
grande aliado de outras eleições não parece muito disposto a continuar junto
com ele no pleito futuro, mesmo em se tratando de bastidores, como no passado
de tantos pleitos.
*** O PMDB, em parte,
está com o prefeito Firmino Filho, através do vice Luis Júnior, indicação do
deputado Themistocles Filho, presidente da assembleia legislativa, um dos
grandes articuladores da atualidade política piauiense.
*** O PTB, como se sabe, está em frangalho, após a precoce
aposentadoria do ex-senador e empresário João Vicente Claudino. Em 2006, foi
JVC quem viabilizou a reeleição de Wellington ao fazer-se seu companheiro de
chapa e garantir a saída de cena de Alberto Silva (já falecido) da disputa para
o senado.
*** Para Silva foi
prometido que seu filho Marcos Silva (também falecido) seria indicado para o
tce como conselheiro. Ele receberia condições para eleger-se deputado federal e
continua mandando na companhia metropolitana, além do parque potycabana, desta
feita com muito dinheiro para revitalização.
Alberto Silva (na foto como Toni Rodrigues, durante entrevista na TV Meio Norte - 2002), se quis, ficou apenas com a companhia do
metrô e uma interminável obra de expansão da linha férrea até a praça da
Bandeira, que levou quase dez anos para ser concluída. O cargo de conselheiro
ficou com o amigão Olavo Rebelo, e Marcos Silva perpetuou-se na presidência da
companhia metropolitana com o falecimento do pai. Marcos faleceu nesta
condição, mas sempre leal ao governador do PT.
(Toni Rodrigues)
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