João Henrique de Almeida Sousa começará uma marcha difícil em
15 de janeiro. Vai andar nas 25 maiores cidades do estado em busca de apoio
para ser candidato a governador do Piauí. Sua maior dificuldade será encontrada
em seu próprio partido, o PMDB, do qual é vice-presidente regional.
Em 2002, logo que Mão Santa foi cassado do governo, ele
contava com apoio de Alberto Silva e ala significativa da agremiação e tentou
ser indicado candidato. Não conseguiu, apesar da ampla mobilização de esforços.
Lembro-me de um momento em que doutor Alberto foi até o estúdio da TV Meio
Norte, eu apresentava o Jornal da Tarde, e me disse que João Henrique era o
melhor quadro peemedebista naquele momento para gerenciar o estado – e que se
faria justiça ao partido que acabara de sofrer um golpe com a cassação de Mão
Santa.
Ora, justo naquele instante Mão Santa estava conspirando para
indicar o prefeito de Teresina, Firmino Filho. Juntamente com Marcelo Castro e
outras lideranças do partido, o governador cassado foi para a convenção certo
de que imporia uma grande vitória contra João Henrique, Alberto e companhia – e
assim foi. Depois, Firmino disse um sonoro “não” para todos e foi abraçar o
governador Hugo Napoleão, indicando para vice a candidatura do competente
jornalista e vereador Fernando Said.
Justificou que não tinha confiança deixar a prefeitura com
Marcos Silva, que era seu vice na época. Exatamente porque Alberto Silva
estaria do outro lado. Pode ser que agora João Henrique consiga construir uma
nova relação com seus partidários. Mas por enquanto a situação ainda não lhe é
favorável. O histórico do PMDB inspira outros cuidados
(Toni Rodrigues)
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