Novos detalhes sobre o caso do senador Marcelo Castro que destinou recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 66 milhões que beneficiam seu sobrinho, o oftalmologista Thiago Castro. O deputado federal Castro Neto, filho de Marcelo. também participou da destinação. O deputado afirma que não tem nada com isso: “Não sou eu quem faz a licitação.”
O dinheiro passou primeiro pelo governo do estado. Depois foi parar no hospital H. Visão, pertencente a Thiago Castro. A revista Veja, em ampla reportagem, ressalta mais um detalhe curioso: até 2021, uma das sócias do Hospital Visão do Meio Norte era Maria José da Costa e Castro, irmã do senador e mãe de Thiago.
Marcelo Castro tripudia e garante que é tudo coincidência. Mestre do deboche político, o senador garante que soube há pouco tempo desse aparente conflito de interesses. “Foi um assessor que me disse que meu sobrinho estava participando do mutirão”, minimizou, ressaltando que a responsabilidade pela contratação é do governo do Piauí, comandado pelo PT. PT e MDB, partido do senador, são aliados políticos no estado.
O senador e seus familiares estão entre os maiores protagonistas de escândalos do estado do Piauí. E tudo indica que devem continuar assim. Num país em que ladrões condenados são retirados da cadeia, descondenados e depois colocados na presidência da República, não se pode esperar que uma bagatela de R$ 66 milhões cause algum tipo de punição aos implicados. De todo modo, apenas para constar, o Ministério Público está no caso. (Toni Rodrigues)
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