terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Grevistas da Uespi mandam carta a Lula e pedem socorro contra Rafael Fonteles

Servidores da Uespi iniciaram greve no início de janeiro (Foto/Reprodução)


Professores grevistas da Uespi (Universidade Estadual do Piauí) mandaram uma carta ao presidente Lula (PT) denunciando a intransigência do governador do Piauí, Rafael Fonteles (mesmo partido). O documento de duas laudas relaciona uma série de absurdos praticados pelo chefe do Executivo e conta a história de uma professora, em particular, que teve 40% dos seus proventos descontados. A carta é assinada pela professora Lucineide Barros.

“Hoje, permita-nos apresentar-lhe um caso emblemático que personifica os desafios enfrentados por muitos brasileiros”, assinala a carta a Lula. ”Trata-se da história da pedagoga Lorena, uma dedicada professora universitária de lES pública estadual, mãe solteira e sindicalista, que, apesar das adversidades, desempenha um papel fundamental na formação dos futuros educadores da nossa pátria. A professora Lorena é docente da UESPI, não é apenas uma educadora; ela é a personificação do espírito resiliente dos/as trabalhadores/as que, diariamente, contribuem para a construção do Brasil que todos/as/es almejamos.”

“Além de contribuir na formação dos/as jovens, ela é a única provedora de uma família composta por dois filhos: um de 11 meses, outro de 12 anos e uma mãe idosa, uma ex-empregada doméstica. Recentemente, junto com outros 63 professores, Lorena sofreu um desconto de 40% em seu salário líquido ação truculenta realizada pelo governador do Estado do Piauí (mesmo a greve sendo considerada legal conforme despacho do Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado Dr Agrimar)”, segue o documento. 

Diz mais: “Esta ação representa uma punição severa contra os/as docentes da Uespi por reivindicar seus justos direitos a um reajuste justo a categoria docente da Uespi que atualmente se encontra em uma forte greve em todo o Estado, mas sem negociação, que acumulam perdas salariais há mais de dez anos, correspondendo hoje a 68% de defasagem, contando com 10 anos sem reajuste salarial, enquanto garantiu por projeto lei (Nº 188), antes mesmo de assumir o cargo (em dezembro de 2022), o aumento de seu próprio salário em 70% junto com todo seu secretariado e deputados, e só propôs 4% agora em janeiro de 2024 para os/as docentes, uma verdadeira desvalorização da carreira e remuneração próprios de governos antidemocráticos.”

A imprensa segue em silêncio.


ACESSE A ÍNTEGRA DA CARTA AQUI

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