Não existem
encantadores de serpentes, pelo menos, não existem na vida real, a não ser na
imaginação de alguns mistificadores da política. No Piauí, há montes de
mistificadores, como se fossem aquele famoso mago, o Mister M. Mas vamos ao que
de fato interessa. A serpente é na prática uma cobra, portanto o encantador de
serpente pode ser chamado também de domador de cobras. Sendo assim, a alegoria
é muito mal colocada quando se refere a uma autoridade política ou
administrativa, sendo parlamentar ou governante, prefeito ou presidente da
república, não importa, sinceramente, não pega bem. Na bíblia sagrada, a cobra
é a representação do demônio, pode ver, está escrito no livro do gênesis e
também no novo testamento. Eva estava perambulando lindamente nua pelo paraíso
quando foi tentada pela serpente, ops, desculpe, pela cobra, que lhe insinuou
oferecer uma maçã ao varão do pedaço. Adão, é claro, ao comer aquela fruta
tentadora não resistiu e, bem, não vou descer aos detalhes, afinal, todos sabem
no que deu, crescei e multiplicai-nos. A cobra, quer dizer, o demônio, é
culpada de tudo, deste modo, é ridículo comparar uma autoridade política ao
diabo em pessoa. Nossa Senhora, Deus que me livre de tamanha a nos perseguir,
deve ser por isso que não conseguimos sair do lugar e tudo que nos resta é essa
propaganda que nos faz andar em círculos, como se estivéssemos perdidos na
floresta. Tem um secretário que diz tratar-se de um círculo virtuoso, mas isso
é balela, aquilo é mesmo um circulo vicioso.
Deuses
estranhos
A lenda do domador
de cobras surgiu na Índia, um país muito, muito estranho, onde eles tem um montão
de deuses. Alguns destes deuses estranhos exigem sacrifícios humanos também
complicados para as cobras, tipo pegar uma criancinha com idade entre oito e 12
anos, fazer uma grande festa para ela, alimentar durante um certo tempo e
depois castrar o pobrezinho.
Bordéis
indianos
Como não serve
para mais nada, o bichinho é mandado para bordeis em Mumbai, Delhi, Chennai,
Surat, Rajastão, dentre outras. Infelizmente, é isso mesmo que você está
pensando, o encantador de serpentes vai fazer uso sexual do coitadinho, porque
como castrado (ou capado) ele não terá mais nenhuma serventia na aldeia em que
nasceu e será repudiado pelos familiares e conterrâneos.
República
mafrense
Mas tornando a
republica mafrense e ao nosso domador, o carinha é especialista em mudar a “regra
do jogo” com o jogo em movimento (parece coisa de novela global, hein?!) – como
era mesmo aquele gritinho? Lembrei... “vitória na guerra.” No novo testamento,
Jesus Cristo passou 40 dias e 40 noites no deserto.
Mudança de rota
Adivinha quem
tentou Nosso Senhor para que mudasse a rota em direção ao inferno? Ora, é
claro, a serpente, a cobra. Não podia ser diferente. Ainda bem que não tinha
por lá um encantador e muito menos um domador, porque caso contrário a história
da humanidade... bem, os domadores de cobras aparecem em outro momento nessa parte
da história bíblica.
“Pec da
felicidade”
Na penúltima
semana de 2016, os piauienses foram contemplados com a chamada “pec da felicidade”
– para alguns pec da malvadeza e para outros nem tem nome. A principal
providência da decuja foi sustar a realização de concursos públicos por nada
menos que 10 anos. Isso mesmo. Nosso estado falimentar poderá contratar
servidores, o que já vinha fazendo sem problemas nem fiscalização por meio da
benfazeja terceirização, sem a realização do necessário concurso público. Ocorre
que o concurso atribui direitos e, segundo os senhores políticos, engessa a
engrenagem administrativa.
NOTÍCIAS BREVES
*** Um secretário
de calvície reluzente disse que com o dinheiro decorrente da medida será
possível construir escolas, hospitais e estradas.
*** O governo
não constrói estradas nem mesmo com o dinheiro já existente, decorrente de
empréstimos realizados em gestões anteriores.
*** Tanto que
as estradas construídas se desfizeram antes mesmo do fim das próprias gestões
em foram supostamente realizadas.
*** Quanto aos
hospitais anunciados, não se sabe desde os anos 1970 de nenhum hospital público
construído com recursos público do estado.
*** Para completar,
até mesmo os salários do funcionalismo estão sendo pagos com recursos do
governo federal, via convênios injetados na conta única.
*** O que nos
resta, então, é apenas e tão somente dançar um tango argentino à la Carlos
Gardel. Por Una Cabeza. Quem se habilita?!
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